A Universidade...
Quando dizemos "A Universidade" parece algo grande, importante, é "a" universidade e não "uma" universidade.
Eu tive muito tempo para pensar nisto, para pensar no que queria seguir, pensar qual a universidade, qual o curso, quais as cadeiras, pensar no meu futuro no fundo. Tinha que saber o que gostaria de fazer, aquilo que me fazia bem e que eu me via a fazer. Este é um passo importante, para além de ser algo que tem mesmo que ser pensado, porque é um curso para o qual nós pagamos para frequentar, mas também porque é aquilo que nos vai abrir portas para o mundo do trabalho, para a vida adulta que nos espera.
"Se fizeres o que gostas, nunca trabalharás um dia da tua vida", eu penso muito nesta frase e penso que é algo verdadeiro, porque se fizermos o que gostamos, ao fim do mês, sentimo-nos realizados por tudo o que conquistámos e ainda mais por receber um ordenado por isso.
Eu sinto que só me vou sentir realizada ao fazer aquilo que gosto. E no meu caso até é fácil... Ou difícil... Porque eu sou uma pessoa que gosta de tudo um pouco. Eu sei que é difícil muitas das vezes fazermos aquilo que queremos ou ingressarmos no mundo do trabalho do curso que tirámos, porque chegamos à idade adulta, temos contas para pagar e "vícios" para sustentar, e o dinheiro tem que chegar de algum lado. É por isso que vemos tantos jovens a saírem da universidade e começarem a trabalhar noutra área que não a deles. Temos que fazer pela vida e muitas vezes nem há emprego no curso que tirámos.
Foi por isso que pensei bem naquilo que queria fazer. Se calhar já pensei tarde, mas o que importa é que pensei. Troquei de curso no Secundário, fiz o Secundário a sentir-me "em casa" com aquilo que tinha escolhido. E agora na Universidade quero começar com o pé direito, quero ter a certeza do que estou a fazer, daquilo a que me estou a candidatar.
Pensei, pesquisei, apontei tudo o que me interessava, vi as cadeiras que queria frequentar, fiz o plano de estudos, era realmente aquilo que eu queria! E no fim, não entrei no curso... Fui-me abaixo, como qualquer ser humano, mas o que importa é que vim ao de cima novamente. Fiz por perceber o que estava ao meu alcance que eu pudesse mudar, decidi contactar a universidade e saber como me podia inscrever por externo para poder fazer algumas cadeiras este ano. Disseram-me que era possível, revi as cadeiras do curso e escolhi aquelas que me interessavam neste momento frequentar. Vou fazer novamente os exames do Secundário, para que possa aumentar a minha média e para que possa candidatar-me à universidade este ano novamente!
O que importa é nunca desistir! Eu sei aquilo que quero realmente fazer, sei que é este curso que eu quero realmente frequentar. Cada vez que penso nisso, fico de tal maneira feliz, que só quero fazer os possíveis para o conseguir. Não foi agora, mas eu não desisti, vou à luta e vou conseguir!
Peguei numa folha, escrevi todas as etapas a alcançar para lá chegar, e agora é ir conquistando cada uma delas.
Pensar se é realmente isto e tudo o que preciso para lá chegar.
Não se sintam mal por não quererem frequentar a universidade, não somos obrigados a isso. Se não queres a universidade e tens um plano para ti, então agarra-te a ele e conquista-o. Eu tenho muitos planos para mim, e espero vir a alcançar um pouco de todos eles. Desde que tenhamos objetivos e força, não há nada que nos pare. Mas também temos que saber ver os sinais! Quando algo não nos está destinado, é saber dar a volta por cima e pensar no que fazer a seguir.
Eu não tive nenhuma pressão da minha família em ir para a universidade, foi algo que eu quis. Ensinaram-me sim, a ter um plano para mim, a ter objetivos de vida, isso todos devemos ter. E perceber o que precisamos para lá chegar, por isso, eu escrevo sempre os meus objetivos, os meus sonhos, e tudo o que preciso para os atingir.
E se precisarem de ajuda, não tenham medo de a pedir. Eu fiz quando achei que precisava e isso ajudou-me imenso a ser aquilo que sou hoje.
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